Muita são as criticas e elogios relacionados ao livro A Cabana, porém, a meu ver o autor desse livro quis nos mostrar o seguinte: Deus é muito mais daquilo que pensamos ou sentimos e a imagem que temos Dele é muito distante daquilo que ele realmente é. Segundo o que li quando ele chega à cabana no primeiro momento é de se assustar, pois começamos a indagar e os porquês são crescentes, porém, o que nos resta fazer é ler cuidadosamente para pegar a essência e não darmos tanta ênfase aos personagens da história, que é ficção.
Bom, Deus quer que vivamos um relacionamento intimo com Ele, que tenhamos uma comunhão intima. Quando paramos para refletir, o que venha ser este relacionamento? Ora, ainda que eu não tenha filhos e não precisa tê-los para dizer, qual o pai que não quer ver a dependência do filho para com ele? Que não precisa pedir licença para entrar, para comer, para sem cerimônia pedir o que quiser? Isto é o que Deus espera de nós, e por isso lemos cenas de muita intimidade, sem cerimônias onde toda dor que este filho (Protagonista) sentia e que o escravizava foi aos poucos arrancada de sua alma e a sua máscara de religioso foi caindo, e o que foi preciso para ocorrer esta transformação? Confiar e deixar que Deus e suas palavras penetrassem em seu coração.
Mas, e as contradições quando olhamos com olhos de teólogos? Bom fazendo uma analise por este lado percebemos que em alguns trechos a leitura vai de encontro com a Bíblia, que por sinal deve ser o nosso guia, e tudo quanto vai além do que ela ensina sendo a retirada ou o acréscimo é Antibíblico e não deve ser seguido. Por isso penso que devemos conhecer, meditar e entender a palavra de Deus e termos outras literaturas que nos ajudam a entender a leitura da palavra de Deus, só assim não corremos o risco de sermos cobaias de escritores que usando de má Fé incorporam suas heresias e quem não tem senso critico e não está firmado na palavra de Deus deixa se levar e aos poucos e tudo que lêem tomam como verdade.
Eu sei que as críticas vão muito além do que exponho neste comentário, pois existem pessoas que estão abaixo da pobreza no que se diz respeito à leitura, estas, simplesmente degustam das comidas (leitura) sabendo do que se trata, mas a essência , a procedência, a origem e as conseqüências (se fará bem ou mal) desconhecem.
Por outro lado sabemos que os críticos são pessoas estudadas, talvez até formadas em teologia, o que hoje não significa tanto, pois conheço pessoas que o estudo aprofundado da bíblia não fizeram efeito algum em suas vidas, porém dou alguns créditos a estes críticos, pois, o que aos nossos olhos parecem claro, e praticamos o dito “provar de tudo e reter o que bom”. Muitos não sabem assim discernir e o efeito é contrário, é reter o que não presta.
O que eu responderia que alguém me perguntasse: Você aconselha a leitura deste livro? Minha resposta seria embaraçosa, pois eu diria que este livro não deveria ser lido por qualquer pessoa, mas isso é até impossível, pois o livro está ai para quem quiser ler e ao mesmo tempo aconselho, pois para quem sabe pegar uma cesta de frutas e ver que ali existem frutas estragadas, mas que também existem frutas boas, saborosas e que nos alimenta, e tem a consciência de que jogar todas as frutas fora por causa de algumas é desperdício, e ele estará se privando talvez de sabores que talvez não tenha mais oportunidades de degustar. Assim somos nós, onde houver uma oportunidade de conhecimento que nos ensinam algo de bom, que talvez faça com que não venhamos a cometer um erro, e que nos edifica, por que não descartamos só apenas aquilo que não presta, e que sabemos que Deus não está no meio e nada tem a ver com aquilo?
Eu li, me emocionei achei muita coisa estranha e até pensei em parar porque vi alguns comentários que me assustaram, mas parei, refleti e pensei que o que as pessoas pensam para mim não interessa, a minha Fé está firmada em Deus e em sua palavra, e por que a ficção de ser vista como se fosse um ensinamento doutrinário?
João Pinheiro, 27 de Dezembro de 2009.
Ana Paula Oliveira
