Marketing Religioso

Vivemos em uma era onde o marketing religioso é o instrumento fundamental para o crescimento das “igrejas”. É inevitável ver as diversas ramificações desse marketing.

A preocupação dos líderes religiosos é o aumento dos fiéis, e então os tais investem pesadamente para que o esperado aconteça. Pois, trazendo pessoas além de ser um marco na história da igreja os recursos levantados também são relevantes, oh se são!

A Igreja mais do que tempos passados tornou-se um negócio, e muito lucrativo por sinal.

Antes, ser evangélico era dispensar todos os luxos desse mundo. Vivíamos como ETs para o mundo e ele era a perdição para nós.

Porém acredito que esse “evangelho” estava meio sem graça, e então veio a teologia da prosperidade, onde um ser foi iluminado, sei La por quem, por Deus que não foi, e então a igreja inovou-se, ficou moderna... Já não éramos os seres bizarros, pois mostramos ao mundo a nossa criatividade e força de crescermos e sermos digamos bem sucedidos.

Pronto. A igreja é uma empresa. E como toda empresa ela tem o seu gráfico indicando início: investimento; crescimento: obtenção dos lucros; estagnação: equilíbrio e declínio: rumo à falência. Portanto, é necessário estratégias para que o gráfico esteja sempre em crescimento. E é aí que entra o Marketing, reuniões motivacionais, camelôs da graça, produtos importados de Israel e por aí vai... O evangelho de Jesus mudou!? Antes ser evangélico era ser um povo que trazia as boas novas de Jesus. O Apóstolo Paulo pregou esse evangelho mostrando a todos que a graça de Deus nos basta, e que se aceitarmos a Cristo nos tornamos novas criaturas, ou seja, ele estava nos mostrando que o evangelho é graça e vida, e mais... Vida em liberdade!¹

Hoje, ser evangélico é simplesmente pertencer a uma instituição religiosa. Por isso o termo está banalizado. De forma que as pessoas que percebem a usurpação desse novo “evangelho”, estão saindo fora desses pastores que apascentam a si mesmos. ²

Enfim, “vivíamos em um extremo e fomos a outros, e da mesma forma que éramos escravizados, onde” nada se pode”, hoje somos ainda mais escravizados no “você pode tudo”. Verdade é que ainda vivemos lendo à bíblia dando importância a história, aos personagens e não compreendo o real sentido de vida e espírito que é.

“O qual também nos Fez capaz de ser ministros, dum novo testamento, não da letra, mas do Espírito, porque a letra mata, e o Espírito vivifica”³

 ¹   2 Corintios 3.17(Bíblia Sagrada)

  ²  Ez 34: 1-23(Bíblia Sagrada)

³  2 Corintios 3.6(Bíblia Sagrada)

Ana Paula